Novembro de 2023.
Muita gente tira um ano sabático na vida.
Nós, da Nomad, tiramos 6. E não foi porque a gente quis não.
Tivemos que nos adaptar à nova realidade do mundo e das nossas vidas.
Fizemos o que a maioria das empresas faz: demitimos, cortamos custos, enxugamos tudo. Perdemos muito dinheiro. A porrada foi tão grande que ficamos letárgicos por um bom tempo.
Desacreditados.
Foram anos sabáticos compulsórios e bem sofridos.
Mas à medida que o tempo passava a gente percebia outras coisas.
Num período sabático desse você observa e aprende muito. E de forma inconsciente no começo, a gente aprendeu pra caramba.
Com todos os erros e adversidades.
Viajamos muito, conhecemos outras culturas, nos dedicamos a outras atividades, voltamos a fazer coisas que não tínhamos tempo para fazer, acompanhamos mais de perto o crescimento dos nossos filhos, lemos bastante, descobrimos novos hobbies, fotografamos, filmamos, desenhamos, estudamos, conhecemos pessoas interessantíssimas, mudamos de lugar, ficamos sem lugar, aprendemos que a gente não precisa de nenhum lugar.
Prestamos atenção nos olhos das pessoas, dos amigos, da família.
Ficamos fluentes na psicologia do mundo interconectado.
E junto com tudo isso, repensamos nosso negócio, reavaliamos nosso propósito e nos aprimoramos tecnicamente. Muito.
Fazendo uma analogia, enxergamos e entendemos o código da Matrix.
Essa experiência do sabático compulsório, que para muitos é sempre péssima, para nós foi um presente.
Mas só entendemos isso tempos depois. É assim que funciona a maturidade.
Fizemos algo muito difícil nesse período: mudamos em nós o que sempre propomos mudar nos nossos clientes.
A nossa cultura.
As dificuldades, sabemos, sempre aparecerão.
Mas com uma nova cultura estabelecida e o objetivo de entregar a melhor experiência para todos, a gente avança.
A gente não para.
Nunca.